A Questão da Qualidade no Sistema Agroindustrial do Ovo
Devido seu baixo custo os ovos são produtos de fácil acesso para a população, são também um ingrediente de alta importância na culinária brasileira, bem como muito útil na indústria de transformação. O Brasil é o sétimo maior produtor de ovos do mundo e a produção do país é destinada basicamente para o consumo interno chegando a um consumo per capita de 140 unidades no ano, contra 374 no México, por exemplo. A cadeia produtiva no Brasil se caracteriza pela produção de ovos para consumo tanto “in natura”, quanto industrializados.
A maior parte da produção é comercializada no mercado interno, contudo o setor tem se incrementado nos últimos anos, com vistas a aumentar as exportações, daí advindo a necessidade da implantação de boas práticas de produção, em especial as que visam preservar o meio ambiente, o bem estar animal e dos trabalhadores.
Um grande passo para o aumento da produção tanto em qualidade quanto em quantidade foi a implantação, a partir da década de 60 dos sistemas de produção integrada, complementando a atividade rural com a industrial. Hoje milhares de produtores rurais e diversas indústrias e cooperativas trabalham neste sistema.
O objetivo deste trabalho foi analisar o sistema agroindustrial do ovo (SAG) de forma a compreender sua organização com vistas a garantia e sinalização de qualidade aos consumidores, especialmente diante da possibilidade (ou mesmo da necessidade) de se atingir novos mercados internacionais.
O sistema agroindustrial (SAG), ou simplesmente “agronegócio” é compreendido por uma cadeia de operações que envolvem desde a fabricação dos insumos, a produção nas fazendas, a transformação (industrialização), distribuição e comercialização, chegando ao consumidor final. Para o Brasil, o agronegócio constitui uma das principais fontes de divisas.
Os pontos fracos deste sistema são a relação informal entre os produtores e compradores (Zylbersztajn e Mizumoto, 2008), a sua