A questão da porta do inferno
TEMPO NARRATIVO:
A questão da porta do inferno
ANDREA VIEIRA
Sergei Eisenstein (1898-1948):
Outubro
Dois pólos que representam:
• Herói: A multidão e o espaço real em que ela se movimenta;
• Inimigo da revolução: série de ideologias e espaços formais, cada qual simbolizado por meio de estátuas. As esculturas fazem vezes de atores
RODIN
Ironia de sua inclusão no filme • Eisenstein filma um sentimento que abomina: uma nostalgia melosa das fantasias amorosas passadas; • Rodin produziu uma arte intensamente hostil ao racionalismo.
O BEIJO
O ÍDOLO ETERNO
Rodin contrapõe o modelo racionalista ao qual se prende o neoclassicismo
• O contexto através do qual o entendimento se desenvolve é o tempo; e, no caso da escultura, o contexto natural da racionalidade é o relevo.
• A historia era compreendida como uma espécie de narrativa, envolvendo a progressão de um conjunto de significados que se reforçam e se explica mutuamente, e que parecem movidos por um mecanismo divino rumo a uma conclusão, rumo ao significado de um acontecimento.
François Rude (1784-1855): A
Marselhesa (A partida dos voluntários), 1833-36. Pedra, c. 1,28 m x 0,79 m. Arco do Triunfo, Paris.
• Espécie de corte temporal capaz de penetrar além da desordem dos incidentes históricos e revelar os significados;
• Utiliza um único momento de ação, focalizando até o ponto de intensidade absoluta donde se verá emergir então o significado, ligando essa composição particular aos acontecimentos que formam seu passado e seu futuro.
Eixos de composição
• HORIZONTAL: soldados na metade inferior da obra, a vitória alada ocupa todo o campo superior;
• VERTICAL: parte a cabeça da vitória até a junção dos dois soldados centrais.
O ponto em que essa onda de corpos atinge sua crista é o ponto de contato com o eixo vertical, em que as duas figuras centrais reconhecem o símbolo da vitória.
• Representa o surgimento da