A questão da fotografia e sua contribuição a arte moderna
O presente texto tem o intuito de lançar uma reflexão sobre como o sujeito está sendo pensado atualmente no mundo contemporâneo. Refiro-me ao termo sujeito entendendo-o como indivíduo ativo, sujeito de suas próprias escolhas.
Percebemos como tem se ampliado nos últimos anos o interesse pelo estudo do leitor, consumidor, receptor, usuário. Não importa que nomes usem para nomeá-los, a maciça presença deles só denota o quanto a preocupação com o sujeito tem permeado os estudos das diferentes áreas. Ele é o receptor na TV e no cinema, é o leitor na literatura, é o consumidor na propaganda, marketing e em alguns estudos de comunicação, é usuário no design mas acima de tudo, em todos, ele é sujeito. O olhar para as questões do sujeito contemporâneo é interdisciplinar. A sociologia, a antropologia, a educação, a comunicação, o design e outras áreas acrescentam visões e complementam-se nessa construção.
Aos poucos foi se percebendo que os indivíduos faziam diferentes usos dessas produções massificadas. Usar diferente ou perverter o objetivo proposto pelo produtor foi a forma que o sujeito encontrou para emergir, para fazer vir à tona seu rosto, mesmo que por pouco tempo, apenas para respirar e não ser afogado pela "massa". Ele aprendeu a fazer a sua leitura do produto, criar usos decorrentes da sua necessidade e encontrar "brechas" para se expressar sobre e não sob esse mundo massificado. Atrás da aparente passividade, ele agia sem ser percebido. Tal fato fez produtores e pesquisadores começarem a se questionar sobre o que os indivíduos faziam com os produtos massificados e como os sujeitos se constituíam nesse contexto. As descobertas do conhecimento e da produção do sujeito no consumo tiveram diferentes usos. A indústria passou-se a querer personalizar cada vez mais a sua produção buscando referências para adequar seu produto a diferentes públicos. Vemos hoje produtos voltados para diferentes faixas etárias, gêneros, raças procurando