A questão da felicidade em aristóteles
Fabio Ronaldo Meneghini dos Santos
Curso de Filosofia_licenciatura Plena
Universidade Federal de Santa Maria
Fabio_filosofia@hotmail.com
O artigo que segue, abordará sobre as considerações de Aristóteles no que se refere à questão da felicidade ponto principal presente no Livro X da obra “Ética à Nicômaco” de Aristóteles. O conceito de felicidade é humano e mundano. Nasce na Grécia antiga, onde Tales de Mileto julgava feliz "quem tem corpo são e forte, boa sorte e alma bem formada" (Dióg. L., I, 1, 37). Já Demócrito definia a felicidade como a “medida do prazer e a proporção da vida”, ao qual era preciso manter-se afastado dos defeitos e excessos. Platão por sua vez, negava que a felicidade incidisse no prazer julgando-a estar ligada à virtude: “Os felizes são felizes por possuírem a justiça e a temperança; os infelizes são infelizes por possuírem a maldade” (Górgias, 508b) Na filosofia grega a felicidade é o fim último e o supremo bem do homem, o que constitui o verdadeiro sentido de sua vida; na verdade, só se tinha em desígnio a realização imperfeita, terrena, de dito bem supremo. Várias foram as concepções acerca do conteúdo da felicidade: perguntava-se se ela era o prazer ou a posse de bens exteriores, ou a virtude, ou o conhecimento; se era dom e mercê dos deuses ou fruto do esforço próprio. A filosofia contemporânea ainda não se deteve para considerar a noção de felicidade nos limites em que ela pode convir para expor situações humanas e orientá-las. Não obstante, a importância dessa noção é hoje confirmada pelo interesse que algumas noções negativas como "frustração", "insatisfação", etc, têm na psicologia individual e social, normal e patológica. Estas noções e outras parecidas indicam, pois, a ausência mais ou menos grave da condição de satisfação pelo menos relativa que a