A quest o da pedofilia na igreja
Quando se relaciona pedofilia com religião, remete-se primeiramente à Igreja
Católica, visto que os casos de pedofilia cometidos por padres estão cada vez mais comuns na sociedade atual. Porém, sabe-se que a Igreja Católica não detém o monopólio da pedofilia, uma vez que existem relatos de casos de pedofilia envolvendo líderes e participantes de outras instituições religiosas, civis e militares, existindo ainda dados que mostram que a maior parte dos casos acontece em ambientes familiares, mas é natural que, quando isto acontece no seio da Igreja
Católica, a comoção publica seja maior, uma vez que se confiava mais nela.
Uma atitude errônea e corriqueira existente na Igreja em relação aos casos de pedofilia é a preocupação em evitar escândalos, fazendo com que muitas vezes os acontecimentos sejam “abafados” para que não se manche a imagem da Igreja. Isto ocorre devido às raízes estruturais da denominação, onde o sistema eclesiástico, clerical e hierárquico, acabou por criar a imagem de que os hierarcas teriam maior proximidade de Deus e do sagrado, de tal modo que ficavam acima de toda a suspeita. Mas, deste modo, acaba acontecendo o pior: as vítimas, muitas vezes crianças e adolescentes acabam caindo no esquecimento ficando à mercê do silêncio e sem possibilidade de defesa.
A maneira como a Igreja lida inicialmente com casos de pedofilia é bastante arcaica. Comumente uma acusação contra um membro da religião somente é aceita se for feita por outro da mesma religião e mesmo assim, com o suporte de pelo menos duas testemunhas oculares do fato ocorrido. Qualquer acusação que não respeite esses dois princípios é ignorada pela liderança e se persistir tal acusação à vítima é exposta a um processo de expulsão no âmbito da igreja.
Quando o pedófilo mostra-se arrependido pelo ato que cometera, ele é repreendido pela liderança maior da igreja e é mantido na religião, fazendo com que nenhum dos fatos relativos à sua conduta anterior seja