A quem interessa a relação médico paciente?

Acadêmico (a): Aline Castro da Silva
Resenha: A Quem interessa a Relação Médico Paciente?

A relação médico-paciente é um assunto que tem sido muito debatido e questionado por vários autores e profissionais da área da saúde. O artigo aborda a RMP, e por mais que os médicos procurem manter distanciamento dessa relação, os sentimentos sempre estarão presentes manifestando-se de diversas maneiras, muitos ainda possuem o pré-conceito de que o médico deve ser amigo ou gostar de seus pacientes, reduzindo essa relação a uma questão afetiva na qual temos que quebrar este paradigma contrariando a distância entre o profissional e o seu paciente.

Foucault (1987) descreve como, a descoberta da anatomia patológica, os interesses médicos passam a se focalizar, mas para a doença do que para a melhora, tratamento do paciente, beneficiando apenas o seu próprio interesse. Ele não se importa se o individuo tem ou não dinheiros para comprar os medicamentos que lhe foram prescritos e tão pouco procuram investigar as causas que o levou a procurar o consultório médico, outro exemplo a ser citado é que muitos ficam também restritos somente ao prontuário do paciente, que por muitas vezes nem chegam a visitar o paciente no leito, baseando-se apenas nos registros de evolução da enfermagem. A busca pela valorização do envolvimento entre o médico e o paciente trouxe também para a superfície o debate sobre a importância do humanismo na prática médica. Acima de qualquer atitude, o médico precisa focar menos na doença e mais no doente, que é a razão da sua existência profissional. Para modificar esta prática o autor aborda duas práticas de humanização médica: no campo hospitalar e extra- hospitalar, na qual a primeira dependeria diretamente á uma equipe multidisciplinar e a segunda dependeriam de uma formação profissional nessa abrangedora nesta área.

O médico precisa de tempo suficiente para conhecer o paciente, descobrir suas queixas, investigar seu passado, suas angústias, e