A Queda varig
Tudo começa nos anos 90, com o governo de Fernando Collor de Mello. Após um período de grande crescimento, a Varig passa a sofrer com a concorrência de outras empresas nas suas rotas internacionais. Vasp, Transbrasil e diversas companhias estrangeiras as quais o governo permitiu a entrada passam a ser concorrentes diretos da empresa rio-grandense.
Com a redução de diversas e isenção de diversos tributos pelo governo, companhias estrangeiras passam a operar com custos e consequentemente com preços mais baixos. A Varig passa, agora, a apresentar prejuízo em suas contas.
Ainda no começo da década de 90 a Varig encomenda mais aeronaves, dessa vez da Boeing. Entretanto, essa possibilidade de crescimento logo é descartada pois começa, agora, a primeira Guerra do Golfo. A invasão do Kuwait pelo Iraque provoca queda no fornecimento de petróleo para o mundo, causando um grande período de recessão mundial, ao mesmo tempo que o risco de atentados terroristas passam a ser iminentes.
Figura 1. Perfuradoras e petróleo sendo queimadas em plena guerra
Em 1992, os prejuízos da empresa são gigantescos. Vendendo aeronaves aos bancos e empresas de leasing a Varig passa a pagar aluguel para utilizar aviões para transporte regular.
Em 1993 inicia-se a reestruturação da empresa. Muitos contratos foram reformulados e renegociados. Escritórios foram fechados por todo o mundo. Demissões em massa ocorreram, algumas até por telegrama. Em 1994 o processo de reestruturação termina e uma ponta de esperança surge para a empresa rio-grandense, porém isso dura muito pouco.
No final do século, a crise cambial durante o governo de FHC atinge negativamente a empresa. Além de todo o cenário político adverso, a Varig sofre com o grande crescimento da TAM, que agora não só é sua principal concorrente na aviação doméstica como também passa a operar voos internacionais
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Figura 2. Aviões da Varig e da TAM cruzam-se no aeroporto de Congonhas (SP)
Vale a pena ressaltar o surgimento de outra