A Queda para o Alto
Herzer
1982
Digitalização: Vítor Chaves
Correção: Marcilene Aparecida - Alberton Ghisi Chaves
Dedico este livro ao Amigo,
Companheiro, Mestre incansável, ao Pai, ao Irmão, ao Homem que as palavras jamais conseguirão definir...
A Eduardo Matarazzo Suplicy!
Agradeço aos amigos que, incansáveis, me auxiliaram no cumprimento desta obra e que nesta hora estejam certos de que este sonho realizado constitui momentos e a presença marcante de cada um.
Eduardo Suplicy, Carlos Alberto Luppi, Lia Junqueira, Ana Cecília,
Francisco A. Neto, Nereide Dalbon, Dora Massari, e demais que me apoiaram a jamais desistir da meta para chegar a este ponto de chegada. Sumário
Prefácio 11
"Al perderte 21
Apresentação 23
PARTE I
Depoimento 25
PARTE II
Poemas 175
Prefácio
Ela só queria que as pessoas fossem humanas.
O depoimento de Herzer constitui o retrato de um dos mais sérios problemas da realidade brasileira: o do menor em dificuldades por não ter tido condições adequadas de sobrevivência e convivência em casa, e de como as instituições como a febem, Fundação do
Bem-Estar do Menor, muitas vezes levam-no a uma situação quase tão desesperadora quanto a se ele estivesse perambulando pelas ruas. Tão dramático e verdadeiro quanto o que muitos brasileiros e pessoas de todo o mundo conheceram em Pixote, este é o relato excepcional do próprio personagem que viveu dos catorze anos aos dezessete anos e meio em diversas unidades da febem em São
Paulo. Em 1980, através de Lia Junqueira, presidente do
Movimento em Defesa do Menor, fiquei conhecendo algumas dessas unidades e o caso de uma pessoa que não tinha mais razão alguma para estar internada naquela instituição. O Juiz de Menores, entretanto, só a liberaria se alguém se responsabilizasse por ela, para que assim pudesse trabalhar e morar fora.
Na sede do Movimento em Defesa do Menor fiquei conhecendo
Herzer. Perguntei-lhe de sua vida. Li as suas poesias e peças de