A queda joão goulart
Foram 21 anos sob a dominação dos militares, que colocaram no poder cinco generais-presidentes: Castelo branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e Figueiredo. Uma página suja na história política brasileira, que revela uma sociedade calada pela força das armas, cassada em seu direito de voto, censurada em todas as suas manifestações. Um período em que o Brasil teve muito de seus filhos torturados e mortos pela violência dos órgãos de repressão. Em termos econômicos, a ditadura militar adotou um modelo de desenvolvimento dependente, que subordinava o país ao interesse, ao capital e à tecnologia estrangeiros. Foi a época do "milagre brasileiro", em que se gastavam milhões de dólares em obras faraônicas. Financiava-se o desenvolvimento do país sem atenção ao avanço social do povo. Ao fim da ditadura, o Brasil estava mergulhado numa das maiores crises econômicas e sociais de sua história. As pressões populares exigindo a volta da democracia manifestavam-se com crescente vigor.
JÂNIO QUADROS (61)
Em 1961 Jânio Quadros é eleito presidente prometendo às massas populares "varrer" toda sujeira da administração pública do Brasil, para acabar com a corrupção. Seu símbolo era uma vassoura.
Seu governo foi marcado por atitudes contraditórias, que lhe levaram à renúncia. Ao mesmo tempo em que ele fazia uma política interna contrária ao comunismo (mantendo o país aberto para o capital estrangeiro), fazia uma política externa simpática ao comunismo, chegando ao ápice ao condecorar Che Guevara (líder da revolução socialista de Cuba) com a mais importante comenda brasileira, a do Cruzeiro do Sul. Como não resistiu às pressões políticas, renunciou ao cargo de presidente da república.
JOÃO GOULART (1961-1964)
Com a renúncia de Jânio, o cargo deveria ser ocupado pelo vice-presidente eleito João Goulart que se encontrava em missão oficial na China comunista, assim o cargo