A queda do imperio romano
Os romanos dominaram muitos territórios e povos, formando um império cuja capital era Roma e a mão-de-obra principal, a escrava. A partir do século III, porém, o Império romano começou a entrar em crise. Com o fim das guerras de conquista, cessou a maior fonte fornecedora de escravos. A falta de trabalhadores abalou a economia, pois o preço dos escravos subiu, a produção agrícola e o comércio declinaram e as importações da Itália cresceram. O encarecimento dos alimentos e as desvalorizações da moeda fizeram a inflação disparar. O governo aumentou os impostos para pagar os legionários e os funcionários, mas a população não conseguia pagá-los. Portanto, ficou difícil manter o exército, a burocracia, o domínio sobre outros povos e a política do pão e circo. O escravismo foi substituído pelo colonato, contribuindo para as mudanças sociais. Os patrícios arrendaram (alugaram) parte de suas villas (latifúndios) a plebeus, que abandonavam as cidades em crise. Esses camponeses viviam de sua produção, mas deviam trabalhar de graça para o proprietário, alguns dias por semana, além de pagar em dinheiro e certos produtos pelo uso da terra. À medida que a crise piorava, o meio rural se tornou auto-suficiente e os pagamentos passaram a ser feitos em produtos. Para evitar a desorganização agrária, o governo romano proibiu que os camponeses colonos abandonassem a villa. Eles se tornaram semilivres (servos): presos a terra, não podiam sair nem ser expulsos, mas teriam a proteção do latifundiário. O século III foi também um período de intensas disputas pelo poder. Entre 235 e 284, Roma teve 26 imperadores, dos quais apenas um morreu naturalmente e outro em luta contra os inimigos; os demais foram assassinados. Os generais se achavam no direito de escolher os imperadores, o que gerou muitos conflitos – a anarquia militar. Os povos dominados aproveitaram-se e fizeram revoltas, enquanto os bárbaros aproximaram se das fronteiras. Sem guerras nem