A Queda do Imperio Romano
1. O Surgimento da História e da História Antiga como disciplina.
“A História, como gênero literário, surge entre os gregos, mas a reflexão histórica e sua escrita remontam à Antiguidade Oriental, nas continuidades das listas reais, na escrita oficial dos escribas, na necessidade de memória da narrativa bíblica.”
“Com Heródoto e Tucídides, a preocupação com o rompimento com a crença nos deuses, a insustentabilidade da cronologia mítica, a incerteza do conhecimento humano e sua relatividade, a investigação empírica.
Com Heródoto vem a história, a história como investigação, pesquisa, observação e, de modo das narrativas orientais, o autor sem vínculo oficial direto, sem remuneração.
Com Tucídides tem-se a proposição do relato de um grande evento, cuja autoridade narrativa se centra no fato de o autor ter vivido na época mesmo do desenrolar dos acontecimentos. É a narrativa da experiência política, com vistas à oferta de uma interpretação precisa e imparcial do acontecido, sem implicações míticas, com uso de documentos, textos transmitidos pela tradição e informações orais, enfim, provas.”
“No mundo romano, Políbio preocupou-se com a causa dos fatos e seus efeitos, intentando escrever uma historia geral, universal, não restrita a assuntos circunscritos. Para ele a tarefa do historiador é instruir e convencer com a veracidade das palavras, sendo esta a utilidade maior da História.”
“A preocupação com a memória dos eventos passados, o quadro cronológico e uma interpretação dos acontecimentos são elementos de historiografia que são encontrados em muitas civilizações.
Desse modo, em uma longa tradição interpretativa, de um lado tem-se as necessidades de registro, as concepções de tempo, as idéias de continuidade, a preocupação com o presente, o rompimento com o mítico, com o fantástico, a necessidade de documentos, a impossibilidade de se tangenciar o real e os limites do conhecimento, a busca pela