A quarta onda - mais uma revolução global
Há alguns anos atrás Alvin Toffler, anunciou a Terceira Onda, com o lançamento de um livro com esse nome, completado por "Choque do Futuro".
Prenunciou a sociedade do conhecimento, então emergente, que se concretizou, parcialmente, e que foi aproveitada pela China e pela Índia, para obterem sucessivos e elevados crescimentos econômicos.
A China pela industrialização de todos os produtos requeridos pela Sociedade da Informação, contrariando as previsões de Toffler de que os serviços substituiriam largamente a indústria.
A tecnologia da informação está embutida nos produtos e foi ela quem propiciou o grande aumento da demanda e fez a China a voltar a ser uma grande potência industrial. A indústria mundial se renovou; concentrada na China.
Estava certo em relação aos EUA, mas não previu que a indústria se renovaria, incorporando a tecnologia da informação. E, ao contrário, do que previa, a metalurgia - baseada em minérios - não decaiu, mas prosperou enormemente.
A China, como base produtora, já está entre as maiores do mundo, baseada na produção industrial e não nos serviços.
A Terceira Onda não é dos serviços, mas da informação. Também não alcançou o estágio de se transformar na sociedade do conhecimento, pois essa ainda não aprendeu a absorver as montanhas de informações que passaram a ficar disponíveis. Mesmo a web 2.0 caracteriza uma sociedade da informação e não do conhecimento, que é algo muito mais ampla e complexa.
Já a Índia cumpriu o previsto por Toffler e fez dos serviços da tecnologia da informação a grande alavanca do seu crescimento.
O Brasil não soube aproveitar as oportunidades da Terceira Onda - aparentemente - por não ter percebido que a onda era mundial, e para ter os ganhos com ela, precisava se inserir mais amplamente no mercado global.
Agora estamos diante da QUARTA ONDA.
Uma onda que retoma à primeira, para refazer o caminho. A primeira onda é extrativa.
A quarta onda retorna à natureza para recomeçar a extração dos