A qualidade da formação técnica profissionalizante na enfermagem
Pós Graduação em Docência em Saúde
Adriana Cristina de Almeida Augusto
INTRODUÇÃO
Ao longo de dez anos, em minha carreira profissional como Enfermeira, pude perceber que a formação teórica dos profissionais de nível técnico da área da enfermagem, muitas vezes está aquém do esperado e necessário para o desenvolvimento das atividades diárias inerentes à função.
Ao ingressar no curso de Pós Graduação de Formação de Docente em Saúde, iniciei também a prática da docência em um curso de formação de técnicos de enfermagem, e nesta prática diária reafirmei minha percepção quanto a insuficiência de conhecimentos básicos teóricos e práticos para tal função, o que na prática é mais um item que gera serviços de saúde ineficazes, dispendiosos, pouco produtivos e por vezes até iatrogênicos.
DESENVOLVIMENTO
Nos dias atuais é necessário que os profissionais da Enfermagem (sejam eles auxiliares, técnicos ou enfermeiros) e o próprio governo, busquem caminhos para a qualificação profissional, uma vez que a evolução das técnicas em saúde é cada vez mais rápida. Desta forma, a enfermagem, que antigamente era meramente assistencial, está saindo da área institucional e tomando se estendendo para diversas áreas, como a assistência domiciliar, saúde pública, obstetrícia (com autonomia para partos sem risco), e ensino, o que exige o constante aperfeiçoamento e tomada rápida de decisão por parte dos profissionais.
Em meados do ano 2000 o Ministério da Saúde demostrou sua preocupação com a qualidade dos serviços prestados pelos profissionais da área e implementou o Profae (Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem).
Estimava-se que em 1999 cerca de 225.000 profissionais atuavam como atendentes de enfermagem nos setores públicos e privados que compõem o SUS. Sendo que estes trabalhadores realizavam ações próprias da enfermagem, sem a habilitação técnica profissional necessária para