A Pós-Modernidade Retratada no Filme "O Show de Truman"
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O filme “O Show de Truman” apresenta forte crítica à grande mídia e ao sistema capitalista, tendo como personagem principal um homem comum, Truman, o qual está inserido, sem conhecimento, desde seu nascimento em um programa televisionado vinte e quatro horas por dia. A alienação diante à televisão pode ser citada como uma grave consequência do pós-colonialismo, fortemente retratada durante o filme. O programa assistido mundialmente tem fãs assíduos, que parecem viver para assisti-lo e ignoram os direitos de Truman, como livre arbítrio e privacidade, inclusive deixando de criticar questões importantes como o fato de sua vida ter sido colocada em risco em certo ponto do filme, preocupando-se apenas com seu entretenimento diário. O criador do programa, Cristof, cita a frase “aceitamos a realidade com a qual nos defrontamos”, pode-se aplica-la a todos os telespectadores, que ficam em frente à televisão a todos os momentos, aceitando aquela realidade, fazendo até mesmo com que sua vida social passe a basear-se no diálogo a respeito do programa, situação claramente refletida quando se encerra o programa e as pessoas demonstram-se perdidas, como se sua vida tivesse acabado junto ao programa. Outro grave problema retratado no filme, também apresentado como consequente da pós-modernidade, é a questão da perda do íntimo, do pessoal, a falta de discernimento entre o público e o privado. A vida de Truman é totalmente exposta e a questão é tratada como natural pelo público que testemunha.
Até mesmo o sofrimento de Truman após deparar-se com a bolha e manipulação em que vivia é apreciado pelo público como se igualmente ao restante do elenco, Truman fosse apenas mais um ator que sairia de lá e viveria sua vida sem consequências.