A Psicomotricidade e a Neurobiologia

A Psicomotricidade e a Neurobiologia

Conforme descobertas científicas na década de 1990, o cérebro tem a capacidade de automação e recuperação com renovação de neurônios, ou seja, existe uma plasticidade antes não conhecida. Há nascimento constante de neurônios até o final da vida e ocorrem mudanças nas conexões cerebrais sempre que necessário, conforme a correta estimulação.

Possuímos a capacidade de aprendizado de novas habilidades, independente da idade ou de deficiências congênitas, assim como podemos ativar novos circuitos cerebrais e criar novas conexões neuronais. Para isso, é necessário que haja estímulo. O desenvolvimento motor é o resultado da maturação de determinados tecidos nervosos, aumento em tamanho e complexidade do sistema nervoso central, crescimento dos ossos e músculos.

É comprovado que exercícios físicos aumentam a neurogênese e exercícios mentais aumentam a possibilidade de recuperação e criação de novas conexões. Assim, podemos dizer que algumas deficiências, disfunções ou sequelas podem ser tratadas através de exercícios específicos, dependendo da gravidade do dano ou da natureza do problema. Os distúrbios e doenças mentais, como o TDAH, são causados por desajustes na liberação dos neurotransmissores e, assim sendo, necessitam de medicamentos. A terapia, nesses casos, funciona como coadjuvante no tratamento.

O sistema nervoso coordena e regula as atividades do organismo, da contração muscular, funcionamento de órgãos e as glândulas endócrinas. Essas informações são selecionadas e podem ser eliminadas ou não pelo cérebro. Uma das funções de grande importância do sistema nervoso é a de selecionar e processar as informações, distribuindo-as para regiões específicas do cérebro.

A psicomotricidade trabalha tanto o sistema sensorial quanto o motor e o límbico, auxiliando na recuperação de danos cerebrais, na melhoria cognitiva em casos de deficiência congênita e no tratamento de transtornos de ansiedade. Além disso, auxilia no