A PSICOLOGIA E A SAÚDE DA FAMÍLIA: COMPONDO SABERES E FAZERES
Celiane Camargo-Borges, Cármen Lúcia Cardoso – USP – Ribeirão Preto.
Por volta dos anos 70 e 80 fatos políticos, sociais e econômicos mudaram muitos regulamentos no país, a população cansada com o descaso na saúde, desemprego, aumento de doenças infecto-contagiosas entre outros fatos, se uniram em movimentos em busca de melhorar essa situação. O movimento sanitário, assim nomeado, de caráter ideológico, no inicio, e depois pragmático, contribuiu para a democratização no país.
Em 1986, aconteceu a VIII Conferencia Nacional de Saúde, onde a saúde passou a ser direito de todos e dever do Estado. Logo, em 1990, nasceu o Sistema Único de Saúde (SUS), com a finalidade de universalizar o atendimento a população. O Programa Saúde da Família (PSF) foi oficializado em 1994, contribuindo para a integralidade e a qualidade do serviço prestado pelo SUS.
O Programa Saúde da Família conta com equipes de médicos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde e equipe de saúde bucal, e funciona como a porta de entrada do usuário no SUS. Auxilia e organiza o SUS para melhorar o atendimento a população, e atua direto com a comunidade, devido a essa função, o programa foi nomeado Estratégia Saúde da Família (ESF). A forma de trabalho nesse programa é coletiva, da atenção não apenas a um individuo, e sim a toda a família, caso onde a Psicologia atua.
A Psicologia é recente no Brasil, teve apoio na regulamentação em 1962, pela Lei Federal 4.119, atuava principalmente em clinica, indústria, escola e magistério. Com a modificação do sistema de saúde o psicólogo passa a fazer parte do programa. A Psicologia Social da Saúde trata questões psicológicas, no âmbito social e coletivo, buscando não apenas a saúde mental, mas também a saúde integral. Segundo Spink (2003), a Psicologia Social da Saúde se compromete com os direitos sociais e com a cidadania, deixando de dar atenção a apenas um individuo, atuando nos