A psicologia ou as psicologias?
O aprendizado cotidiano é acumulado intuitivamente através de vivências, hábitos e tradições e vai moldando as atitudes do indivíduo de acordo com seu próprio conceito de realidade conforme a experiência adquirida. Uma receita caseira de chá de boldo para problemas digestivos tomado de maneira empírica ou mesmo aquele conselho acerca de algum assunto dado pela avó, são exemplos de como utilizamos a psicologia do senso comum sem ao menos nos darmos conta disso. O senso comum mistura e recicla outros saberes especializados e os reduz a um tipo de teoria simplificada, produzindo uma determinada visão de mundo. Um exemplo disso é a apropriação do termo “ficar neurótico” pertencente à psicologia científica. Porém, desde os primórdios, a humanidade precisou de mais do que isso. Os gregos, por volta do século IV a.c, já dominavam complicados cálculos matemáticos para resolver seus problemas agrícolas, etc. e com o tempo este conhecimento foi se especializando até atingir o nível de ciência.
Povos primitivos já demonstravam sensibilidade artística ao desenhar figuras humanas e de caça. Assim como também, nasceu a filosofia na Grécia através da especulação sobre a origem humana e acerca da formulação de um conjunto de pensamentos sobre a origem do ser humano, seus mistérios, princípios morais, nasceu também a religião, onde trouxe modelos de conduta a serem seguidos como livros sagrados: a Bíblia dos judaico-cristãos, ou Veda dos indianos. A arte, a religião, a filosofia, a ciência e o senso comum são domínios do conhecimento humano.
Dentro do conceito de ciência, podemos destacar no uso de objeto de estudo, uma linguagem rigorosa, métodos e técnicas específicas, processo cumulativo do conhecimento e objetividade. Ou seja, a ciência supera o conhecimento do senso comum e precisa ser isenta de emoção para se tornar válida.
Ao contrário das ciências exatas, na psicologia o objeto de estudo não pode ser isolado para ser