A psicologia na formação do professor
Rosane Barbosa Marendino Doutoranda em Educação - UFF
Orientadora: Iduina Mont’Alverne Braun Chaves
RESUMO
De forma geral essa pesquisa tem como objetivo refletir sobre as possibilidades do ensino da Psicologia Educacional frente à concretização de uma concepção crítica na formação de professores. A necessidade dessa reflexão surge - no caso dessa pesquisa - após a detecção de um imenso número de alunos encaminhados aos ambulatórios de psicologia dos postos de saúde responsáveis pelo atendimento de crianças e adolescentes no município de Cabo Frio / RJ. Enquanto psicóloga do Centro de Saúde Oswaldo Cruz (um dos ambulatórios do município) vivenciei, desde 2000, tal fato através das “queixas escolares” (traduzidas como “problemas” de aprendizagem e/ou de comportamento dos alunos em sala de aula), cujos encaminhamentos explicitavam tentativas de “diagnóstico” desses alunos e a rotulação dos mesmos. O que os educadores desejam do especialista? Como compreendem seus “alunos-problema”? O que percebem, em relação às suas competências, no momento de lidar com esses casos? De que forma expressam essas situações? Por que se apropriam dos termos médicos tentando enquadrar seus alunos? Haveria ligação entre o despreparo do professor ao lidar com os “alunos-problema”, o enorme número de encaminhamentos aos psicólogos e o ensino da Psicologia enquanto conhecimento instituído? Essas e outras questões, que certamente foram surgindo, permearam as primeiras questões suscitadas em relação à pesquisa, considerando a possibilidade de levar-nos a uma maior apreensão da situação do ensino nos cursos de formação de professores, mais especificamente nas disciplinas “psi”, onde as questões dos distúrbios de comportamento e de aprendizagem fazem parte do conteúdo curricular oficial e