A Psicologia dos Otakus
Jacques Le Goff, historiador, mostra em seu livro (Mercadores e banqueiros da Idade Média) que os comerciantes cristãos viviam divididos entre o desejo de aumentarem suas riquezas e o medo de ofender a Deus. Apesar disto, a atividade comercial se expandiu ao ponto de, em meados do século XIII, já havia intensa movimentação de comerciantes trazendo e levando mercadorias de diferentes lugares para feiras que atraiam grande número de pessoas.
Norte da Europa, Itália, Oriente, Gênova, Veneza, Mar Mediterrâneo, essas foram grandes rotas e destinos para o comercio Europeu. Com lãs, produtos, artigos de luxo, sedas, porcelanas, joias e ainda as famosas especiarias, os comerciantes tiveram grande lucro à medida que o comércio europeu se expandia.
A intensificação do comércio provocou importantes transformações no cenário rural, na medida em que contribui para o renascimento da vida urbana. A praça do mercado, onde se compravam e vendiam mercadorias, tornou-se o centro das cidades. Em seu redor se situavam a prefeitura, a escola, o tribunal, a prisão. Do outro lado, a igreja ou catedral. O sagrado e o profano se aproximavam, assim lembra o sociólogo Dieter Hassenpflug.
Avancemos agora até o século XVII: as cidades já estavam bem mais desenvolvidas, a Revolução Científica seguia seu curso, as fronteiras do mundo conhecido eram bem mais extensas, a maioria das pessoas continuava a viver no campo, a Igreja continuava a defender seus princípios. Foi nesses tempos que um novo “Renascimento” estava