A Psicologia Da Educa O Na Contemporaneidade
Pensamento Comunicacional
Vemos aqui a necessidade de repensar a psicologia da educação, levando em conta em nossa atualidade, os avanços tecnológicos, meios de informação, mídia, economia de mercado, e acima de tudo a mutação que acontece nas formas de comunicação, já que esta é o instrumento propagador do conhecimento. Toma-se o séc. XVII à primeira metade do séc. XX, como período anterior a Cultura Comunicacional Contemporânea. Conhecimento, comunicação e cognição antigamente obedeciam limites disciplinares e conceituais, impostos por determinadas correntes teóricas predominantes de cada época.
“Quando passamos a falar de um modelo de comunicação onde não há mais a supremacia do emissor, mas uma interação entre os termos em comunicação; quando o conhecimento e o mundo passam a ser entendidos na ordem da simulação e da sedução, e não mais na da verdade, devido à espessura adquirida pela mediação e aos aparatos tecnológicos disponívei; quando os computadores, televisões e vídeos invadem as escolas e começam a ser tomados como indicadores da atualidade e da qualidade das instituições de ensino e como alternativas aos professores; quando o sujeito de conhecimento e/ou de cognição dá lugar à afirmação de uma “ecologia cognitiva”; quando é possível identificar e denunciar, como faz I. Bentes (1997) a formação de “uma massa de semi-analfabetos ou ‘oralistas’” (p. 16) formados por uma “cultura oral e audiovisual que vem substituindo a formação escolar clássica, letrada” (p. 16); quando no mundo do trabalho não mais se exige uma formação específica para uma carreira ou profissão, mas um potencial de empregabilidade; e quando cursos e linhas de pesquisa envolvendo Educação e Tecnologia e/ou Educação e Comunicação proliferam, vemos que as fronteiras entre as questões dessas áreas de saber já não existem como limites excludentes, mas sim como pontos de afinidades e contatos, interseções, interfaces.”