A pré-história da antropologia a descoberta das diferenças pelos viajantes do século xvi
- A origem da reflexão antropológica é da mesma época da descoberta do Novo Mundo. O Renascimento, a partir daí, começa a elaborar discursos sobre os habitantes, tentando explicar se esses povos são humanos, usando como critério essencial o aspecto religioso.
- No século XIX, a questão não é solucionada e apenas no século XVI é definitivamente resolvida.
- Nesse período começam a se estabelecer duas ideologias antagônica: uma defendida pelo dominicano Las Casas, onde ele afirma que os índios não são bárbaros, pois organizam-se em aldeias, têm uma ordem política e que muitas vezes superam as nações européias com suas virtudes morais. A outra é a defendida pelo jurista Sepulvera, onde este diz, que os índios são servos por natureza, e que estes merecem ser submetidos ao império de nações mais cultas e humanas, pois só assim eles abandonariam a selvageria e converteriam-se a uma vida mais digna e virtuosa.
Esses estereótipos mostrados por Las Casas e Selpulvera vão refletir até hoje com a “antropologia espontânea”, da qual ainda é difícil desvencilhar-se.
A FIGURA DO MAU SELVAGEM E DO BOM CIVILIZADO
- “A extrema diversidade das sociedades humanas raramente apareceu aos homens como um fato, e sim como uma aberração exigindo uma justificação” (página 40).
- A antiguidade grega designava sob o nome de bárbaro tudo o que não participava da mitologia grega;
- O Renascimento e os séculos XVII e XVIII falavam de naturais e selvagens;
-No século XIX triunfava o termo primitivos e nos dias de hoje chamam-se de subdesenvolvidos.
- Essa atitude consiste em excluir da sociedade todos aqueles que não participam da faixa de humanidade à qual pertencemos e nos identificamos se encaixam ao sistema. Lévi-Strauss, define que este comportamento é o mais comum a toda a humanidade, e como a mais