A Prática Tridimensional como mediação do existir
A PRÁTICA TRIDIMENSIONAL COMO MEDIAÇÃO DO EXISTIR
O presente trabalho possui como referência o segundo capítulo do livro “Educação, sujeito e história” de Antônio Joaquim Severino. Iremos fazer uma breve síntese das idéias principais propostas pelo autor nesta parte de sua obra. Segundo Severino (2001),
O objetivo deste capítulo é explicitar as mediações que tecem a existência histórica, buscando as referências antropológicas sobre as quais se lastreiam o conhecimento e a educação, os quais intencionalizam as demais práticas. [...] Delinearei as três esferas de práticas relativas ao todo de nossa ação: produtiva; política; simbólica. (Severino, 2001, p. 43)
O autor nos trás que a existência humana é mediada, se realizando apenas com ações concretas. Defendendo que a essência humana não vem pronta e só é elaborada através de atividades relacionadas ao trabalho, sociabilidade e cultura. A existência humana é fundamentada através da prática, ação e atividade.
A práxis é uma determinação da existência humana como elaboração da realidade e a prática como práxis é pensada numa perspectiva crítica e emancipadora. O autor defende que a prática humana precisa ser intencionada pela teoria e significação, denominando o sujeito por aquilo que faz concreto e objetivamente.
Severino, (2001), defende que o agir humano só se efetiva numa tríplice dimensão: a prática produtiva, - relação de troca com o ambiente físico para sobrevivência – a prática política, - interagir para sobreviver como membro de um grupo – e por último a prática simbólica, – conjunto de significações simbólicas para as relações sociais.
PRÁTICA PRODUTIVA
A prática produtiva é a primeira dimensão de praxicidade, sendo a relação do homem com a natureza, no qual retira dela todos os elementos que necessita.
Segundo o autor esta prática em categorias filosóficas atuais se denomina ‘trabalho’, que o que nos diferencia dos demais seres vivos.
É o trabalho que