A prática pedagógica mediada pela língua brasileira de sinais na educação infantil
Resumo:
O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma proposta educacional bilíngüe desenvolvida no município de Campinas, interior de São Paulo, Brasil no ano de 2010. Reflete a prática pedagógica mediada pela Língua Brasileira de Sinais - Libras e sua importância para a formação social e educacional do sujeito surdo. Para a fundamentação teórico-metodológica, apropria-se de estudos em Teoria do Currículo (GOODSON, 2005) refletindo-o enquanto espaço de produção cultural, disseminação do conhecimento e formação social do educando. Considera-se ainda os estudos sobre a linguagem remetendo-se a Bakhtin (2006), na compreensão de que a língua é mais que objeto abstrato ideal sendo a enunciação e o discurso fundamentados na estrutura social. Nesse sentido, a comunicação e a língua implicam conflitos de classe, no interior do sistema em que está inserida existindo relações de dominação e a utilização da língua como instrumento ideológico. Ao refletir as implicações de tais conceitos a educação de surdos questiona-se a forma com que a Libras tem sido inserida da escola regular de educação infantil, problematizando questões referentes ao currículo e a Libras. Segundo Quadros (2006), como a língua de sinais é uma experiência lingüística visual, ocorre um choque entre uma proposta educacional oralista praticada por um longo período e o bilingüismo enquanto uma proposta em processo de iniciação. No Brasil, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, a educação infantil caracteriza-se como uma etapa da educação básica, em que a criança tem a oportunidade, de internalizar a cultura e identidade surda através do domínio da língua de sinais (GOLDFELD, 1997).
Palavra-chave: Educação Infantil; Educação Bilíngüe; Língua de Sinais.
Fonte: Comunicação oral