A Prática Educativa
Buscar a competência em seu ofício é característica de qualquer bom profissional. Zabala elabora um modelo que seria capaz de trazer subsídios para a análise da prática profissional. Como opção, utiliza-se do modelo de interpretação, que se contrapõe àquele em que o professor é um aplicador de fórmulas herdadas da tradição, fundamentando-se no pensamento prático e na capacidade reflexiva do docente. Recomenda-se, assim, uma constante avaliação do trabalho por parte do profissional. Como encaminhamento para o modelo, utiliza-se de uma perspectiva processual, onde as fases de planejamento, aplicação e avaliação, devem assegurar um sentido integral às variáveis metodológicas que caracterizam as unidades de intervenção pedagógica. Também as condicionantes do contexto educativo, como as pressões sociais, a trajetória profissional dos professores, entre outras, assumem uma posição de relevância. Na Educação Física Escolar, este modelo pode ser entendido como um conjunto de ações que efetivamente revigore e potencialize a prática educativa.
Zabala expõe sua reflexão sobre educação com o objetivo de melhor a prática educativa. Ele começa seu texto problematizando a avaliação dentro das ciências humanas que é complexa devido ao fato de que a própria escolha dos itens em avaliação é uma escolha avaliativa, em contraposição às ciências naturais que tem modelos empíricos de avaliação – como a cura do paciente, ou a descrição satisfatória de um fenômeno físico. Sem resolver esse impasse, mas também sem esquecê-lo, Zabala busca uma “atuação profissional baseada no pensamento prático, mas com capacidade reflexiva.” A partir da constatação de que as variáveis que configuram as práticas educativas são múltiplas e complexas, o autor centra os esforços na unidade da atividade/tarefa sem esquecer das seqüências didáticas que são compostas pelo encadeamentos das atividades/tarefas e integram-se em planejamento, aplicação e