A proteína p21 CIP1
A proteína p21 CIP1/WAF1 é codificada pelo gene p21 (OMIM *116899), também conhecido como WAF1, CIP1 e CDKN1A, e foi descrita pela primeira vez em 1993 (el-Deiry et al., 1993). Como citado na descrição inicial da proteína p21, quando sua expressão é controlada pela proteína p53 a p21, junto com as proteínas p27kip1 e p57kip, pertence a uma família de inibidores de quinases dependentes de ciclina (CDKIs) atuando sobre os complexos ciclina D/CDK4-6, ciclina E/CDK2 e ciclina A/CDK1 regulando a passagem nos checkpoints G1/S e G2/M no ciclo celular, acontecimento de suma importância para o reparo de danos no DNA. (Abukhdeir et al., 2008; Overton et al., 2014). Porém a função da proteína p21 é determinada conforme sua localização, apresentando atividades diferentes no núcleo e citoplasma (Noel A et al., 2012).
Além da regulação transcricional clássica pela proteína p53 que encaminha o reparo ao DNA em decorrência a algum dano, hoje se sabe que a p21 também sofre regulação por outros genes, tanto oncogênicos como proteínas supressoras de tumor. No mesmo sentido, processos inflamatórios e o estresse celular podem regular a transcrição gênica da p21. Assim, a expressão da proteína p21 é induzida através de mecanismos independentes durante a diferenciação e o controle da saída do ciclo celular. Receptores nucleares, incluindo os receptores retinóides e receptores de vitamina D, iniciam a transcrição de p21, independente de p53, por ligação direta com os elementos de resposta do promotor de p21. A vitamina D e os seus semelhantes promovem a diferenciação celular através do aumento dos níveis de expressão p21. De outra forma a proteína ZONAB se liga a sítios específicos presentes na região 3’UTR estabilizando e melhorando a tradução (Cho et al., 2002; Abbas e Dutta, 2009; Nie M et al., 2012).
A proteína p21 é uma proteína instável e de curta meia vida, por isso é necessário que durante sua síntese seja recrutada uma proteína que a proteja contra a