A proteína atm na resposta ao estresse oxidativo

A Proteína ATM na resposta ao Estresse Oxidativo Além de estar envolvida com a sinalização da quebra da dupla fita de DNA, a proteína ATM também pode estar envolvida com o processo de resposta celular aos danos oxidativos, pois as células com carência dessa proteína são extremamente sensíveis a toxicidade das espécies reativas de oxigênio (ERO), como o peroxido de hidrogênio (H2O2) e o superóxido (O2*-) e das espécies reativas de nitrogênio (ERN), como o óxido nítrico (NO) e essas células também re-sintetizam o antioxidante glutationa muito lentamente. E ainda pessoas que possuem ataxia telangiectasia, que é caracterizada por uma mutação no gene ATM, possuem altos índices de estresse oxidativo principalmente no cerebelo. Shackelford e colaboradores perceberam que células com deficiência no gene ATM não apresentam “checkpoints” nas fases G1 e G2 do ciclo celular e nem indução de p53 após a exposição ao agente oxidante t-butil-hidroperóxido, permitindo a conclusão de que os “checkpoints” são essenciais para o processo de sinalização do estresse oxidativo e para a ativação dos efetores da sinalização que iram atuar na lesão. Portanto, Shackelford acredita que o aumento da sensibilidade aos agentes oxidativos de pacientes com ataxia telangiectasia esta relacionada com a falha dessas paradas para verificação, os “checkpoints” ou pontos de checagem. No entanto, ainda não se tem certeza sobre a atuação da proteína ATM. Ainda não é sabido se ela responde diretamente ao dano oxidativo ou se ela responde as alterações no estado redox da célula. Hammond e colaboradores relataram que a reoxigenação de tecidos tumorais acaba provocando danos oxidativos e levando a uma resposta rápida no processo de sinalização da lesão no DNA. A partir desse ponto, eles sugeriram que a ativação da proteína ATM ocorre através da detecção das espécies reativas de oxigênio e não pelo próprio dano no DNA já que uma célula tumoral não possui pontos de checagem e nem proteínas supressoras