A profissão de sociólogo a ruptura
Pós-graduação em Desenvolvimento Regional
Disciplina: Métodos e Técnicas
Docente Responsável: Prof. Dr. Alex Pizzio
Discente: Nayara Silva dos Santos
Fichamento do Livro: BOURDIEU, Pierre. "A Ruptura" in: Ofício de Sociólogo. Petrópolis: Vozes, 2004. P. 28-86.
A profissão de Sociólogo
A ruptura
O autor abarca a importância da prática da vigilância epistemológica. Destaca que ao fazê-la, o pesquisador estará certamente tornando mais científico o conhecimento a que chega, porque é mais apurado de muitos dos obstáculos epistemológicos com que se confronta.
A influência das noções comuns é tão forte que todas as técnicas de objetivação devem ser utilizadas para realizar efetivamente uma ruptura que, na maior parte das vezes, é mais professada do que concretizada (p.24). Todas as técnicas de ruptura, tais como critica logica das nações, a comprovação estatística das falsas evidencias, a contestação decisória e metódica das aparências, hão de permanecer impotentes enquanto a sociologia espontânea não for atacada em seu próprio âmago (p.25).
A sociologia só pode se constituir como ciência realmente separada do senso comum (p.25). Na mesma perspectiva Durkheim, assegura que os factos sociais deveriam ser tratados como coisas, o que significa que o sociólogo deveria conservar certa distância relativamente ao seu objeto de estudo, a fim de ultrapassar as pré-noções, isto é, os preconceitos e as falsas evidências que ameaçam, em cada instante, introduzir-se na sua análise.
Durkheim exige que o sociólogo penetre no mundo social como em mundo desconhecido (p. 26). Como enfatiza o autor “não é a descrição das atividades, opiniões e aspirações individuais que tem a possibilidade de proporcionar o princípio explicativo do funcionamento de uma organização, mas a apreensão da lógica objetiva da organização é que conduz ao principio capaz de explicar por acréscimo, as atitudes, opiniões e aspirações (p. 29)”.
O sociólogo está