“A produção do conhecimento sobre pobreza e temas afins no brasil: uma análise
João Eduardo Tanuri R. Hermisdorff Fundamentos históricos e teórico-metodológicos do serviço so cial Carmelita Yasbek, Classe Trabalhadora, Fenomenologia,Fundamentos históricos e teórico-metodológicos do serviço social, Método BH, Movimento de reconceituação, Movimentos Sociais, Positivismo, Ruptura, Serviço Social tradicional,Teoria Social de Marx, Vertente Marxista 6 comentários
Segundo Yazbek, as 3 principais vertentes que emergiram no bojo do Movimento de Reconceituação são:
1. A vertente modernizadora caracterizada pela incorporação de abordagens funcionalistas, estruturalistas e mais tarde sistêmicas (matriz positivista), voltadas a uma modernização conservadora e melhoria do sitema pela mediação do desenvolvimento social e do enfrentamento da marginalidade e da pobreza na perspectiva de integração da sociedade. (…) Configuram um projeto renovador tecnocrático fundado na busca da eficácia e eficiência para nortear a produção do conhecimento e a intervenção profissional;
2. A fenomenologia, que emerge como metodologia dialógica, que, apropriando-se da visão de pessoa e comunidade, dirige-se ao vivido humano, aos sujeitos em suas vivências, atribuindo o Serviço Social com a tarefa de auxiliar a abertura desse sujeito existente, singular em relação aos outros e ao mundo de pessoas. Valoriza o diálogo e a transformação das pessoas, sendo analisada por José Paulo Netto como uma reatualização do conservadorismo inicial da profissão;
3. A vertente marxista que remete a profissão à consciência de sua inserção na sociedade de classes e que no Brasil vai configurar-se, em um primeiro momento, como uma aproximação ao marxismo sem o recurso ao pensamento de Marx.
É claro que a apropriação da Teoria Social de Marx não se deu de forma unilateral e adialógica. Foi resultado de imensos e desgastantes debates e disputas internas e externas nos espaços de organização