A produção de petróleo no Brasil e o problema econômico existente no contexto do mercado atual
Há cerca de 25 anos o petróleo brasileiro era, em sua maioria, oriundo de importações. A partir da abertura do mercado, com a promulgação da Lei nº 9478, em agosto de 1997, com a participação da iniciativa privada, nacional e estrangeira nas atividades de exploração, produção e refino de petróleo e gás ocorreu um crescimento significativo da produção. Esse aumento de produção fez com que a dependência externa de petróleo e seus derivados fosse praticamente eliminada.
Com a descoberta da província petrolífera do pré-sal (gigantesco reservatório de petróleo e gás natural) em novembro de 2007, a possibilidade do Brasil tornar-se um grande exportador de petróleo vislumbrou-se uma realidade a médio prazo ( 20 anos).
Porém, para isso tornar-se real, existem ainda, muitos obstáculos a serem vencidos, tais como:
As excessivas discussões sobre o novo modelo de concessão (leilões) da nova província petrolífera, dentre as principais mudanças estão a adoção do contrato de partilha de produção e a obrigatoriedade da Petrobrás como operadora única (participação mínima de 30%) para essas áreas, e também a indefinição em relação aos recursos dos royalties (compensação financeira no resultado da exploração de petróleo ou gás natural) que trouxeram insegurança jurídica ao processo e consequente atraso na exploração. Alia-se isso a baixa eficiência operacional da Petrobras , custos excessivos em função das restrições colocadas pela política nacional.
Mas por que a Petrobrás tem apresentado baixa eficiência operacional e consequente prejuízos em suas contas?
A Petrobrás vive uma conta perversa, pois é uma das poucas empresas em que o aumento do consumo de seu produto não lhe aumenta o lucro, muito pelo contrário, pressiona o seu prejuízo, devido principalmente ao controle de preços dos combustíveis pelo governo, o que faz com que a empresa venda gasolina no mercado