A Produção das Mobilidades – redes, espacialidades e trajetos
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Estudo Sócio Econômico I
Profº. Vólia Regina C. Kato
“A Produção das Mobilidades – redes, espacialidades e trajetos”
São Paulo, 11 de Outubro de 2012
1) Fichamento
Capitulo 2 – Do espaço abstracto ao espaço compósito: reflectindo sobre as tensões entre mobilidades e espacialidades
Renato Miguel do Carmo
O texto analisa a questão da ameaça às relações sociais e à vida, e experiências concretas dos espaços, trazidas com a aceleração do tempo e velocidade resultantes do fenômeno da globalização juntamente com a revolução tecnológica.
Contudo, a velocidade dos fluxos e mobilidade espacial assim como a suposta instantaneidade das relações sociais, não resultarão no desaparecimento dos lugares enquanto espaços de interações sociais, comprovando a questão da insustentabilidade do conceito de “não lugar” estudado por Tim Cresswell em 2006.
Segundo Tim Cresswell e seu estudo sobre o aeroporto Schiphol, as metáforas que tentem a desenraizar o espaço de seus lugares concretos são falhas, já que, por exemplo, o aeroporto mesmo sendo feito pela globalização para resolver a questão de fluxos possui outras apropriações de espaço marcadas por rotinas e relações sociais.
Esses diversos modos de apropriação do lugar se cruzam resultando nas múltiplas escalas do espaço, como é o caso do trajeto realizado pelo morador de rua e pelo turista. Enquanto um está em busca de comida e abrigo considerando o espaço do aeroporto como uma porta de entrada, o outro está só de passagem procurando a porta de saída, e mesmo que estes trajetos sejam completamente diferentes um do outro, podem acabar se cruzando em alguns pontos.
Com essa intensificação das mobilidades os espaços ganharam múltiplas escalas que em vez de se sobreporem hierarquicamente se cruzam, por ligações e colisões, capturando assim diferentes significados a partir de dinâmicas contraditórias ou antagônicas.
O espaço social