A primeira republica
A situação económica
No final do século XIX, Portugal continuava a ser um país predominantemente agrícola. A industrialização só se dera em sectores limitados e as fábricas localizaram-se, principalmente, em todas as zonas de Lisboa e do Porto. A balança comercial portuguesa era deficitária, pois continuava a existir mais importações do que exportações. Além disso, como tinha sido necessário recorrer a empréstimos no estrangeiro para certas obras de maior vulto, o Estado não dispunha de meios para pagar os juros desses empréstimos que cada vez eram mais elevados.
O descontentamento social
Entre 1890-1892,uma grave crise económica afetou toda a Europa, incluindo Portugal. Alguns bancos foram à falência e muitas pequenas e médias empresas atravessaram sérias dificuldades, o que agravou o descontentamento de largos sectores da burguesia. O descontentamento era ainda maior entre os operários. Para além de permanentemente ameaçados pelo desemprego, viviam geralmente em condições bastante más e com salários muito baixos e horários pesadíssimos (quase sem paragens).
Difusão das ideias Republicanas
Politicamente, Portugal foi de 1834-1910, uma monarquia constitucional com os dois principais partidos monárquicos - o partido Regenerador e o Partido Progressista – na alternância no poder, de acordo com a maioria obtida nas eleições. Por volta de 1870, aproveitando o clima de descontentamento que começava a surgir contra a monarquia, o partido republicano vai-se estruturando e organizando os fundamentos para a vitória.
O ultimato e a impopularidade da monarquia
A falta de popularidade da monarquia acentuou-se com o ultimato inglês de 1890. Grande parte do país culpava o rei e os seus colaboradores por terem cedido às ameaças britânicas.
Por todo o lado, rebentaram manifestações de repúdio contra os ingleses e contra a monarquia. Ao mesmo tempo tentava-se recuperar o orgulho nacional que tinha sido preterido. Foi nessa altura