A primeira Escola Normal do Brasil
Para melhorar a formação dos mestres, foram fundadas as escolas normais. O Curso Normal foi fundado no Brasil com a inauguração do Instituto de Educação Professor Esmael Coutinho em 4 de abril de 1835, localizado na cidade de Niterói no estado do Rio de Janeiro. O Curso apresentava as seguintes características: uma escola para elite formando professores para elite: todos que frequentavam eram do sexo masculino. Fechou em 1849 por falta de alunos. Em seguida, surgiram outras escolas normais, tais como Minas Gerais (1840), Bahia (1914) e São Paulo (1846).
A primeira legislação referente ao Curso Normal surgiu somente 1946 com o Decreto Lei nº 8.530, cujo o conteúdo dizia que a Escola Normal formaria professores em dois níveis de ensino.
No primeiro ciclo haveria um curso para formar regentes, tendo a duração de quatro anos e funcionando em nível do antigo ginásio, atualmente denominado ensino fundamental. Essas escolas eram destinadas as regiões distintas, possibilitando às pessoas uma instrução de qualidade questionável, pois o curso era igual aos outros, contendo apenas algumas disciplinas específicas: didática e prática de ensino e psicologia aliada a pedagogia aplicada.
Além dessa debilitada habilitação para o ensino, as pessoas que realmente desejassem atuar como professores poderiam cursar as Escolas Normais do 2º ciclo, com duração de três anos tendo os alunos a oportunidade de participar de cursos de especialização de professor primário e habilitação em administração escolar.
As Escolas Normais formavam professores leigos (com pouco grau de instrução) e os cursos tinham caráter de terminalidade. Os professores eram selecionados em concursos e exames que dispensavam a formação profissional, o candidato deveria mostrar apenas que lia corretamente, escrevia e efetuava as quatro operações da aritmética.
Geralmente as escolas normais ofereciam apenas dois ou três anos de curso, muitas vezes de nível inferior ao secundário.