A pressão da mídia no julgamento do “mensalão”.
O Brasil vem atravessando um momento político de efervescência com o inicio do julgamento do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF). Diante disso, muita gente começa a falar em “pressão da mídia”, quase sempre em tom de reprovação, pois estaria a mídia, prejulgando os acusados e afrontando os ministros do STF ao invés de prestar o seu papel de noticiar os fatos.
A grande verdade, é que a mídia com sua capacidade de atingir as pessoas e fornecer o assunto do dia, não é totalmente imparcial ideologicamente, pois não cabe a imprensa julgar. O que ela deve fazer é contar o que se passa, cumprir esse dever, de forma critica e plural, fiscalizando a decisão de cada um dos magistrados, contribuindo para que conheçamos melhor os fatos e argumentos de cada um. Porem, a quem diga que quem se ocupa da cobertura do julgamento do mensalão não é a mídia em sim, mas os jornalistas, que trabalham para os mais diversos veículos, com as mais diversas orientações editoriais, o que seria articular uma conspiração “midiática”, dentro da qual os reportes não passariam de serviçais dos interesses dos patrões, que são contra o governo ou a favor.
O que ocorre, é que a política e a mídia sempre foram aliadas, desde a Ditatura militar, que soube trabalhar a imprensa totalmente a seu favor e vice-versa. A imprensa só informava o que o regime queria, e o que não era apenas uma questão de censura, mas vantajoso para os patrões das grandes redes de televisões que acabavam crescendo decorrente dessa aliança. No entanto, a quem chame a grande mídia brasileira, que se autoproclama o quarto poder de “o poder mais corrupto da nação”, pois sempre manipulou as verdades dos fatos a seu favor.
Vejamos a grande manchete da Folha de São Paulo:
Ricardo Lewandowki enquanto almoçava em um restaurante, disse a um interlocutor desconhecido que o supremo havia votado com a “faca no pescoço”, pressionados pela mídia. E ainda que “a