A presença dos contos tradicionais na literatura infantojuvenil brasileira: sua importância, suas implicações, seus desdobramentos
Alguns pontos que consideramos importantes para mencionar sobre a vida da autora:
Ao lermos o livro Como e por que ler os clássicos universais desde cedo, fica evidente que esta autora, durante sua infância, foi sendo apresentada ao universo literário por seus próprios familiares, principalmente seu pai, que em doses homeopáticas ia mostrando trechos de obras clássicas, como por exemplo, Dom Quixote.
Seus avós e tias também influenciaram seu gosto pela leitura, ajudando-a a descobrir um universo amplo de histórias variadas, como por exemplo, as de aventuras marítimas, mitológicas, contos e tantas outras.
Nascida no Rio de Janeiro, em 1941, iniciou sua carreira como pintora ao mesmo tempo em que cursava a faculdade de letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, cujo curso a fez entrar pelo mundo das letras e que permanece brilhantemente até os dias atuais.
Sua trajetória intelectual é extensa; só para citar um exemplo, teve como orientador de sua tese de doutorado, Roland Barthes, que culminou no estudo sobre Lingüística e Semiologia. Para ela, memória e imaginação são as duas grandes fontes do que faz; Uma ilustração, como o nome está dizendo, tem que dar um lustre, um brilho, lançar uma luz sobre algo que está escrito. Tem que ser narrativa também; Ana Maria Machado quis, através do projeto de Histórias à Brasileira, contar, com suas palavras, as histórias que havia escutado de seus pais, tios e da avó. Gerações de narradores anônimos ajudaram a construir as mais diferentes versões dessas histórias da cultura oral e do folclore brasileiro e universal. Consideramos importante, durante a preparação deste seminário, ler o livro já mencionado, Como e por que ler os clássicos universais desde cedo, para compreendermos melhor a importância atribuída pela autora à leitura de histórias que fazem parte do patrimônio cultural da humanidade e como estas contribuem para a formação de novas gerações de leitores. No