A presença do boto na construção do imaginário paraense nos poemas “primários” e “foi o boto, sinhá” de tanervad.
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A presença do boto na construção do imaginário paraense nos poemas “Primários” e “Foi o Boto, Sinhá” de Tanervad.Azariel da Silva¹
Resumo:
O presente artigo faz um breve estudo sobre o imaginário paraense, discorrendo sobre a construção do Boto. Para tanto, será feita uma analise dos poema de Antônio Tavernard.
Palavras-chaves: imaginário paraense, boto, Antônio Tavernard. 1. Introdução.
A identidade social do homem paraense assim como a cultura que o cerca não nasceu por acaso e nem teve fundamentações nos conhecimentos científicos que expressam a identidade cultural do individuo atual, mas está ligado aos modos de vida do homem amazônico, entrelaçado no imaginário poético de sua convivência com a natureza amazônica repleta de mitos e fantasias que forjaram toda a cultura popular paraense.
Desta forma, o cotidiano do homem amazônico se une a seu imaginário, fatos que não conseguem explicar passam por uma construção fantasiosa e depois a aceitam como verdade. Assim, esse fantástico também mostra-se nas aspirações artísticas.
Assim, este trabalho discorrerá sobre a construção do imaginário paraense, através de suas vivencias e além do mais mostrar-se-á a construção do Boto, com a utilização de algumas obras. 2. A construção da cultura popular paraense.
O modo de ver a natureza alimenta o homem amazônico, que criam certas culturas oriundas do imaginário humano. Por certo, a cultura existente hoje no contexto paraense só ocorreu porque ela por si só é uma “cultura dinâmica, original e criativa, que revela, interpreta e cria sua realidade”. (LOUREIRO, 2001). Uma cultura que, através do imaginário, situa o homem numa grandeza proporcional e ultrapassadora da natureza que o circunda.
Essa poética traduz uma realidade vivida por todos os paraenses que vivem frente a frente com a natureza, tendo em vista que o contato pessoal com o meio urbano é fragmento por razões peculiar da região. Fundamentando ainda mais as ideologias nos seres encantados que habitam o