A pratica do assistente social na atenção
MEDIAÇÕES PARA VIABILIZAR O ACESSO
É nesta conjuntura de conquistas e tensões que o assistente social trabalha na área da saúde. Com o SUS, ampliaram-se as possibilidades do profissional trabalhar com educação e promoção da saúde, com planejamento/orçamento, gestão, capacitações, regulação, ouvidorias, sistemas de informação, vigilância em saúde, saúde do trabalhador, controle social entre outras áreas.
As possibilidades de trabalho multiprofissionais, interdisciplinares e intersetoriais estão contando com a presença de assistentes sociais, muitas vezes na sua coordenação, na gestão e no planejamento. Mas as demandas espontâneas ou encaminhadas, que nos chegam pelas unidades básicas, atualmente denominadas Centros de Saúde da Família, também reproduzem as tradicionais demandas da profissão (KRÜGER et al, 2009).
Na experiência de atuação nos anos de 2008 e 2009 na atenção básica por meio da
Residência Multiprofissional em Saúde da Família, as necessidades de saúde por acesso apareceram de várias formas, sendo as mais prevalentes: a demora do agendamento de consulta com especialistas na atenção secundária; a dificuldade e a demora na marcação de exames necessários para elucidação de diagnóstico e inexistência de um fluxo com relação à realização de cirurgia de laqueadura e vasectomia.
Outras necessidades que também apareceram, mas relacionados ao contexto do município como um todo foram: de usuários de outros CSF que também procuravam atendimento no bairro de atuação devido a demora no agendamento de consulta com médico ou cirurgião dentista na unidade de saúde do bairro de sua residência; serviços inviabilizados por infra-estrutura ou equipamentos sucateados; Equipes de Saúde da Família incompletas (com falta de algum profissional, evidencia-se com maior número a falta do
Agentes Comunitários de Saúde (ACS), entre outros. Estas demandas dos usuários expressam que este complexo