A Posse De Bola
2012-01-20
Marisa Gomes
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Actualmente sabemos que a organização das equipas assenta no modo como vai atacar quando tiver a posse da bola, como vai transitar quando perder e quando ganhar a bola e como vai defender quando não tiver a bola. Assim, vemos equipas mais ou menos organizadas nos vários momentos de jogo.
No entanto, sabemos que a Organização é um conceito que se manifesta numa diversidade infinita que resulta do modo como os jogadores-treinador desenvolvem a dinâmica colectiva. A interacção dos vários momentos é determinante para que possamos ter uma fluidez eficiente, ou seja, uma equipa que defende no seu meio campo – bloco baixo – deve perceber que a transição, quando ganha a posse da bola, tem de ganhar tempo para conseguir explorar o espaço mais avançado do terreno. Mas para que possamos ser mais práticos vamo-nos concentrar num conceito muito referido pelos treinadores actuais: o momento de posse da bola (Organização Ofensiva).
A responsabilidade deste destaque deve-se ao modelo do Barcelona que tem uma posse de bola que se revela muito eficiente. Daí a importância deste conceito porque todas as equipas passam por momento de Organização Ofensiva, ou seja, com posse da bola mas o modo como o vivem (vivenciam) é diferente. A partir do modelo do Barcelona percebemos que ter a posse da bola é uma vantagem que já Cruyff defendia ser fundamental para se conseguir vantagem no jogo. Sabendo que no jogo há apenas uma bola, se uma equipa a tiver, a outra está sem ela. Básico. Então devemos tê-la sempre para podermos controlá-la.
Barcelona tem a bola através de uma posse segura (sem arriscar a sua perda), dinâmica (fazendo-a correr sempre) e diversa (por todo o terreno)
No entanto, esta intenção tem uma aplicabilidade prática que nos obriga a perceber que a posse da bola não é um conceito fácil porque se trata de um momento de jogo que não podemos desenquadrar dos