A PONTE RESENHA
O relatório trata a matéria de um filme que mostra a situação da desigualdade social na Zona Sul de São Paulo tendo como destaque a figura de Dagmar Garroux. Ela é a fundadora da Casa do Zezinho. A ONG trabalha com o desenvolvimento de crianças e jovens.
O rapper Mano Brown, a educadora Dagmar Garroux e o escritor Ferréz convivem com os contrastes da periferia de São Paulo. Cada um a seu modo, trazem neste filme suas experiências que merecem uma grande reflexão.
O giro da filmagem se dá pelas ruas do Capão Redondo, Jardim Angela e Jardim São Luis, todos bairros da zona sul da capital paulista, e expõe o tempo todo a diferença existente entre as duas margens do Rio Pinheiros. "O Rio pinheiros divide o pobre dos ricos", afirma o rapper Mano Brown. Tia Dag complementa: "A ponte do Rio Pinheiros é o muro de Berlim."
O filme pretende mobilizar a sociedade, mostrando que é possível a transformação. Segundo os produtores do filme, "a idéia é abrir os olhos das pessoas, o Brasil vive uma situação de guerra civil e as pessoas não se dão conta. Elas precisam se mexer e mudar a realidade."
O documentário dá grande ênfase a ONG Casa do Zezinho, criada pela educadora, que realiza um trabalho social onde as crianças estudam, fazem atividades complementares ligadas à artes, artesanatos, esportes entre outros. A ONG oferece, além das atividades, serviços de saúde e cursos profissionalizantes , tirando as crianças e adolescentes da rua e do contato continuo com a criminalidade , trafico e prostituição.
Dagmar salienta :"O jovem da periferia, ele não é paulistano, ele não é paulista, ele não é brasileiro. Ele é periferia. Por quê? Porque a cidade não recebe ele, não recebe. A cidade não aprimora ele. A cidade não quer saber dele! Então .... ele é o que?”
Este documentário realmente serve para refletir sobre essa exclusão constante e o descaso da sociedade com as favelas e com a classe de baixo poder aquisitivo . Reflexão