A política nas obras de Jorge Amado
São Paulo
2013
Nascido em 10 de agosto de 1912, na fazenda Auricídia, distrito de Ferradas, município de Itabuna, sul da Bahia, Jorge Amado era filho do fazendeiro de cacau João Amado de Faria e de Eulália Leal Amado. Foi para Ilhéus com um ano de idade e lá passou toda a sua infância. A vasta obra literária de Jorge Amado foi adaptada inúmeras vezes para o cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de diversos enredos das escolas de samba por todo o Brasil. Ao todo, suas obras foram traduzidas para 49 idiomas, com alguns exemplares em braile e em áudio livro. Jorge amado morreu no dia 6 de agosto de 2001, em Salvador. Conforme seu desejo foi cremado e suas cinzas foram enterradas em seu jardim na Rua Alagoinhas, na data que completaria 89 anos. Em sua obra, Jorge Amado destaca o pobre, o negro, os marginalizados, enfim, todos os excluídos da sociedade, e os apresenta de modo diferente, narrando lhes a vida, os pensamentos, os desejos, ressaltando que estes também são humanos. O cenário é, normalmente, a zona urbana ou de plantação de cacau ou café da Bahia. Jorge Amado é um dos destaques do Modernismo e em suas obras coloca a necessidade de justiça social. Também acrescenta um tanto de ideologia política, sempre em defesa do povo, já que era assumidamente comunista. Neste trabalho, queremos demonstrar a política nas obras de Jorge Amado tendo como base seu primeiro livro “O PAÍS DO CARNAVAL” e “FARDA, FARDÃO, CAMISOLA DE DORMIR”, que podemos considerar um dos seus livros mais corajosos neste campo. Publicado m 1931, “O PAÍS DO CARNAVAL” é o primeiro livro do escritor que tinha apenas dezenove anos. O livro surpreendeu a crítica: um livro crítico e contestador sobre a ética - ou a falta dela - dos intelectuais da época diante da posição social e política do Brasil às vésperas da Revolução de 30, liderada por Getulio Vargas. Expressa o clima intelectual da época,