A política externa dos EUA na Guerra Fria
Este trabalho pretende analisar a política externa dos Estados Unidos no período pós- Segunda Guerra Mundial, período este conhecido como a Guerra Fria, estudando a Doutrina da Contenção e identificando de que forma a mesma foi importante e norteadora na formulação de política externa do país assim como na manutenção do seu status no cenário internacional, sendo então base para o comportamento do Estado. Palavras-chave: guerra fria; contenção; Kennan; política externa; Estados Unidos.
Introdução Logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, o cenário internacional foi marcado por um conflito que se arrastou por mais de 40 anos entre os Estados Unidos e a União Soviética, que disputavam a hegemonia no sistema internacional, e entraram numa corrida armamentista para alcançar este objetivo. As duas superpotências, EUA e URSS, eram contrastantes política e ideologicamente, ambas com enorme capacidade militar, apesar de não ter ocorrido durante a Guerra Fria um conflito armado direto. Mas justamente por conta desse grande poder militar dos dois países, se eles entrassem nesse conflito armado direto as probabilidades eram grandes de se auto-destruírem e mesmo de destruírem a humanidade, visto tamanha a capacidade das bombas que eram produzidas. “À medida que o tempo passava, mais e mais coisas podiam dar errado, política e tecnologicamente, num confronto nuclear permanente baseado na suposição de que só o medo da ‘destruição mútua inevitável’ (adequadamente expresso na sigla MAD, das iniciais da expressão em inglês – mutually assured destruction) impediria um lado ou outro de dar o pronto sinal para o planejado suicídio da civilização.” (HOBSBAWN, 1995) A competição gerada por diferenças ideológicas era intensificada. Por um lado, a URSS exercia influência nos países ocupados por seu Exército Vermelho ou outras Forças Armadas comunistas no pós- Segunda Guerra Mundial, e, como Hobsbawn coloca em seu livro “A Era dos