A política externa dos Estados Unidos
INTRODUÇÃO
"Um milhão de pessoas inocentes estão morrendo no momento em que falamos, estão sendo mortas no Iraque sem nenhuma culpa. Não ouvimos nenhuma crítica, nenhum édito dos governos hereditários. Todos os dias vimos os tanques israelenses na Palestina, indo a Jenin, Ramallah, Beit Jalla e muitas outras partes da terra do Islã, e não ouvimos ninguém levantar a voz ou reagindo. Mas quando a espada caiu sobre a América depois de 80 anos, a hipocrisia levantou sua cabeça lamentando pelos assassinos que brincaram com o sangue, a honra e as santidades do Islã."
"Quanto à América, digo a ela e a seu povo algumas palavras: Juro por Deus, o Grande, que a América nunca mais sonhará e não viverá em paz até que a paz reine na Palestina e o exército de infiéis deixe a terra de Muhammad, a paz esteja com Ele."
As frases acima foram ditas por Osama Bin Laden, numa inédita aparição na rede de televisão mais popular do mundo árabe, com sede no Catar. As imagens do milionário saudita foram divulgadas pelas principais redes de televisão em todo o mundo no dia 7 de outubro de 2001, durante os primeiros ataques dos Estados Unidos e Grã-Bretanha, ao Afeganistão.
Quase um mês após a destruição de seus principais símbolos de poder pelo maior ataque terrorista da história, os Estados Unidos, auxiliados pela Inglaterra, começaram a retaliação ao governo do Taleban no Afeganistão e o grupo Al Quaeda, controlado pelo milionário terrorista Osama bin Laden. Segundo o governo norte-americano, os ataques serão focados em instalações militares no Afeganistão e nos campos de treinamento do Al Quaeda.
"Estas ações, cuidadosamente direcionadas, têm por objetivo interromper o uso do Afeganistão como uma base de operações terroristas e atacar a capacidade militar do regime do Taleban", afirmou George W. Bush em um discurso transmitido pela televisão. O argumento das autoridades norte-americanas é que esses