A POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA DE JK: OPERAÇÃO PAN-AMERICANA
A Operação Pan-Americana (maio de 1958) foi a principal iniciativa diplomática do presidente Juscelino Kubitschek, com o intuito de pedir auxílio aos Estados Unidos da América para o desenvolvimento econômico das nações do hemisfério. Seus objetivos eram revisar as relações econômicas entre os EUA e a América Latina. Esta obteve como resultado a criação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), da Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC) e num preâmbulo da Aliança para o Progresso, principal iniciativa diplomática da administração Kennedy para a América Latina e que significou uma tentativa dos EUA de corrigir erros passados e fornecer a América Latina um modelo de desenvolvimento econômico e social alternativo. Os primeiros passos da política externa foram reafirmar a solidariedade política aos EUA, ou seja, um plano econômico para reativar o fluxo dos investimentos externos públicos e privados que estavam paralisados devido à instabilidade política do final do governo do Getúlio Vargas. O principal instrumento da política econômica de JK foi o Plano de Metas que objetivava acelerar e complementar o processo de industrialização substitutiva de importações através de investimentos em bens intermediários, nas áreas de infra-estrutura e em bens de capital. Recorrer aos recursos externos era de extrema importância devido ao fato da insuficiência da poupança interna para atender a grande quantidade de promessas propagadas pelo Plano de Metas e do país enfrentar desequilíbrios estruturais em seu balanço de pagamentos, ou seja, atrair capitais privados e recursos públicos. Estes últimos adquiriam a forma de empréstimos a longo prazo e eram investidos nos setores de infra-estrutura, garantindo assim o crescimento econômico e industrial. Em 1958 a agenda brasileira seria ampliada no plano econômico e no plano político, levando em conta as transformações conjunturais e as relações