A política do Café com Leite- Resumo

A "política do café com leite" foi uma associação entre os governantes de Minas Gerais e de São Paulo pelo controle do "Governo Central" (do Poder Executivo) do então "Estados Unidos do Brasil" (1889-1934). MG e SP eram os Estados mais ricos da "Velha República" (da forma como os livros de história designam os "Estados Unidos do Brasil"). SP plantava muito café e MG era - é - o maior produtor de gado de corte e leite. Tanto no RJ (no Vale do Paraíba) como no ES, assim como em MG, também havia café; mas SP era imbatível (o maio produtor mundial!). Por essa época a Amazônia viva da borracha natural (eram seringueiros) e o Nordeste da apanha de cacau e do açúcar plantado nas terras de sapé-rocho (Pernambuco, Bahia e Paraíba). No Sul já havia policultura e produção de carne de charque. O RG concorria com MG no negócio das carnes e possuía uma importante manufatura de couros! Em SP já havia uma industria incipiente (comandada por italianos).
É necessário que entendamos o contexto dos "Estados Unidos do Brasil": entre 1889-1934 as unidades federativas (MG, SP, RG, etc) gozavam de independência. Elas legislavam acerca dos próprios impostos e das leis estaduais (tinham constituição própria). Sobre elas havia o "governo central" representativo da União institucionalizado pela Constituição de 1891: o benefício de apoiar um "governo central" residia nas transferências que aquele poderia distribuir por meio dos impostos que o Tesouro Nacional recolhia de todos os "Entes" da União. Mas a fortuna de impostos era pouco]a porque o Brasil era agrário e pobre.
Os "Estados Unidos do Brasil" se assemelhava a um "condomínio". O governo central mantinha as forças armadas (a Marinha e o Exército eram os maiores do Hemisfério Sul), o sistema de pensões dos militares e funcionários públicos, os custos de manutenção do Poder Legislativo (em âmbito do "governo central") e o Poder Judiciário-Sistema Carcerário (por todo o território "condominial").
Mas não havia SUS, não havia previdência