A política de Platão
Para se ter uma melhor alusão acerca do período, na qual precede o filosofo a ser discutido, o “Período pré-socrático ou cosmológico, do final do século VII ao final do século V a.C., quando a Filosofia se ocupa fundamentalmente com a origem do mundo e as causas das transformações na Natureza”(CHAUI, 2000, p.39).
No período seguinte, é que se situará Platão, discípulo de Sócrates. Nele ouve uma grande alteração, direcionando o interesse filosófico para homem, pois o “Período socrático ou antropológico, do final do século V e todo o século IV a.C., quando a Filosofia investiga as questões humanas, isto é, a ética, a política e as técnicas [...]”(CHAUI, 2000, p.40).
Platão tem grande inspiração através dos pensamentos de seu mestre, Sócrates, para construção de seus “diálogos platônicos”, sendo que através deles, se revela a primeira tentativa de reflexão sistemática sobre o poder político. Fundando a partir desse tema, o objeto central de três livros – A República, O Político e As Leis - já na sua maturidade. Como Platão era bom observador da democracia ateniense, ele assiste as várias reconfigurações que a democracia ateniense sofre, desde sua derrota depois da guerra do Peloponeso, à sua retomada depois da curta tirania dos Trinta Tiranos e após a sua vagarosa degradação durante todo o século IV (NAY, 2007).
Como ele provem de uma família aristocrática notável,
[...] Platão experimenta uma hostilidade em relação ao regime democrático e, por este motivo, não lhe é confiada nenhuma responsabilidade na cidade. Como lembra na Carta VII, esse distanciamento dos assuntos públicos e suas próprias