A Politica Externa Brasileira de 1930-1951: Contextualização Político Econômica do Período da Segunda Guerra Mundial.
A década de 30 é um período critico nas definições geopolíticas do século XX. É precisamente o período no qual se desenrolam muitos dos acontecimentos que desembocarão na segunda grande guerra e resultarão na definição dos atores e seus respectivos papéis no cenário mundial. Já partindo para uma analise mais focada no contexto brasileiro, que até então é meramente um país aspirante à industrialização e dá seus primeiros passos mais consistentes justamente nesse período, sob a tutela de Vargas. Logicamente não foi apenas uma decisão aleatória industrializar-se, houve toda uma gama de fatores que acabou por impulsionar o país nesse sentido, desde a grande depressão até as disputas ideológicas do período. Com relação a Grande Depressão, iniciada em 1929, a grande “contribuição” do evento foi retrair a economia mundial, fazendo com que as exportações brasileiras diminuíssem e as importações também, já que os grandes “parceiros” econômicos brasileiros sofreram grandemente com a crise. Nesse sentido foi necessário incitar uma politica de substituição de importações, que acaba por ser o inicio do processo de industrialização no Brasil. Com a crise e a diminuição das exportações, que na figura do café configurava-se como a força motriz da economia, o Governo teve de interceder no sentido de alterar a politica cambial que passa a ser restritiva (na prática). Dessa ação resulta uma deterioração da Balança de Pagamentos, que torna insustentável a manutenção da divida externa, acarretando sucessivas moratórias no período. Algo que chama muito a atenção ao se fazer uma análise conjuntural do período é o fato de, aos poucos, o grande parceiro histórico brasileiro, a Inglaterra – 65% da dívida pública eram em Libras Esterlinas -, passa a ser substituída pelos Estados Unidos, num claro resultado da interferência do cenário geopolítico no contexto