A politica da vaporização do café
A Política do Café-com-leite permitiu à burguesia cafeeira controlar a política monetária e cambial e a negociação de empréstimos internacionais para a compra das sacas de café excedentes e, assim, assegurar o lucro dos cafeicultores.
A desvalorização da moeda era a maneira encontrada desde a época imperial para atender às exigências da burguesia cafeeira. A esta política de desvalorização do câmbio em favor da elite deu-se o nome de "socialização das perdas".
O mecanismo era acionado principalmente quando havia queda do preço do café nos mercados internacionais, o que, com a redução do índice de renda, acarretava prejuízos para os cafeicultores. Para eles, quanto mais desvalorizada fosse a moeda brasileira, maior seria a quantia adquirida na conversão do dinheiro estrangeiro recebido com a venda do café.
A política de "distribuição dos prejuízos" onerava a sociedade já que a desvalorização da moeda e a inflação provocavam o aumento do custo de vida e da tributação. Os brasileiros pagavam um preço alto por uma política que só beneficiava a uma minúscula parcela da população.
Declínio e fim da política do café-com-leite
Durante a década de 20, diversos fatores somados, contribuíram para acelerar o declínio da República Velha. Entre estes fatores estavam os levantes tenentístas, as revoltas populares, o agrupamento das oligarquias dissidentes na Aliança Liberal e a grave crise econômica já existente no País - em decorrência da política de valorização artificial do café - que veio a ser agravada com a quebra da Bolsa de Nova York.
Nesse mesmo ano, houve a quebra do pacto entre paulistas e mineiros na sucessão presidencial, colocando fim à política do Café-com-leite. Washington Luís, então presidente, deveria indicar um mineiro para tomar o poder, mas acabou indicando Júlio Prestes, também do estado de São Paulo.
Em oposição, foi formada a Aliança Liberal, que reunia as oligarquias de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e