A POBREZA E SUA MULTIPLICIDADE
A pobreza pode ser analisada como uma condição individual ou coletiva de falta de recursos básicos necessários à sobrevivência, afetando consideravelmente o modo de vida dos indivíduos envolvidos. Ela pode ser dividida em dois principais grupos: a pobreza relativa e a absoluta, sendo que ambas podem agravar-se para o estágio extremo.
A pobreza relativa é vista como um fator dependente do contexto social e acaba, por sua vez, sendo uma medida de desigualdade. Assim, a quantidade de pessoas pobres pode aumentar, mesmo que o seu rendimento também siga a mesma proporção. Já a pobreza absoluta consiste na análise individual, no que diz questão à literal falta de recursos per capta, constituindo um indicador mais preciso.
Associando abordagens teóricas temos como base que a pobreza não resulta de uma só causa, e sim de um conjunto de fatores que propiciam a ocorrência da mesma (fatores político-legais, econômicos, sócio-culturais, naturais, problemas de saúde, falta de segurança e até mesmo processos históricos).
A partir do sistema econômico atual, a desigualdade tornou-se mais evidente. A pobreza espalhou-se rapidamente com a dissolução do mundo feudal e o surgimento do capitalismo. Houve uma expulsão dos camponeses das terras, as quais lhes forneciam meios para subsistência. Como essas pessoas não tiveram como sustentar-se, começaram a viver de ajuda e caridade alheia.
Karl Marx, o qual interpreta a miséria como um instrumento de manipulação de massas utilizado pelas classes dominantes, defende a tese que a desigualdade é resultado da divisão de classes, ou seja, entre aqueles que detêm os meios de produção e os trabalhadores, que só têm a força de trabalho para garantir a sobrevivência. A desigualdade, portanto, depende do modo como a sociedade organiza a produção e a distribuição dos bens que consome.
Não é o suficiente um país ter um alto crescimento econômico se não houver repartição das riquezas de forma justa. Um