A pobreza da riqueza
O texto foi escrito por Cristovam Buarque e trata da temática da relação entre “pobreza e riqueza”. Na primeira linha do texto, com a frase “Em nenhum outro país os ricos demonstram mais ostentação que no Brasil”, o autor afirma implicitamente, um dos maiores motivos da pobreza no Brasil, que é a desigualdade social. No entanto, ele deixa claro que os ricos realmente dispõem de muitos bens, mas não podem exibi-la a qualquer “pessoa”, e sim, manter-se escondidos, cercados de muralhas protegidas por seguranças, vivendo medos, incertezas, principalmente a pobreza que há em si.
Em relação à semântica estrutural, observa-se que a narrativa foi escrita entorno de dois campos semânticos, RICO e POBRE, que segundo o dicionário Aurélio, são palavras antônimas.
Rico – 1. Que possui muitos bens ou coisa de valor. 2. Fértil; abundante. 3. Opulento; pomposo. 4. Bonito; belo. 5. Diz-se de alimento muito substancioso. 6. fig. Fértil; fecundo; que cria ou dá origem a obras; etc. 7. Indivíduo rico (1).
Pobre – 1. Que não tem o necessário a vida; sem dinheiro ou recursos. 2. Que denota pobreza. 3. fig. Pouco produtivo. 4. fig. Pouco dotado. 5. Pessoa pobre. 6. Mendigo; pedinte.
Porém, relacionando RICO e POBRE do dicionário com RICO e POBRE referido no texto, há momento de semelhança entre elas, tonando as palavras sinônimas. Existe esta relação, porque quando o autor diz que “os brasileiros ricos são pobres”, ele atribuiu valores característicos de uma classe social, a qual não pertence à classe social referida, no entanto, RICO é maior igual que POBRE, logo, pode-se perceber que também há contradição, porque se são “ricos”, eles não podem ser “pobres” ao mesmo tempo, mas, vale lembrar, que esta pobreza está relacionada à falta de liberdade, ou seja, o texto nos causa certa estranheza pelo fato de ser contraditório e apresentar redundância o tempo todo, lembrando que isto foi feito pelo autor propositalmente, para enfatizar o assunto o qual ele queria