A planície e as Flores Carnívoras - Jorge de Lima (Pequena Análise)
Era uma imensa planície sem começo, sem fim. Nela ocorriam rios e cavalos, muitos cavalos brancos. Rios murmurejando, cavalos nitrindo doidos. Uma velha tarde de mil séculos sem ocasos berrantes circundava a planície. Que doçura pacífica abrangia a planície! Que solidão amiga havia entre os ginetes! Como venciam os milênios essas bestas gigantes! Como nascia o silêncio de seus rinchos de fogo! E pairando no tempo uma voz sussurrava. Que voz era essa tão presente e tão forte? Não desejeis saber, a força humana não pode.
Mas no além da planície uma noite existia abraçando a floresta. A floresta, Senhor, uma floresta morna onde o teu inimigo semeou carnes brancas de princesas