A peste negra e a crise do século xiv
O século XIV, na Europa, foi marcado por uma grande crise de guerras, fome, epidemia. Os novos tempos já davam sinais.
A Guerra dos Cem Anos, nesse mesmo século, teve motivação de disputa dinástica, em que um membro da nobreza da Inglaterra queria reivindicar o trono francês por sua descendência. Na disputa a França foi apoiada pelo rei da Castela e a Inglaterra, apoiada por Portugal.
O Cisma do Ocidente foi o rompimento da Igreja em dois centros de governo separados, independentes, um em Avignon e o outro em Roma.
A Peste Negra já havia se manifestado na Europa, na Antiguidade. Ressurge no século XIV. Acredita-se que tenha vindo do Oriente, através de barcos marítimos genoveses. O contágio se dava pelas pulgas dos ratos.
Havia dois tipos da Peste, a bubônica e a pulmonar. A bubônica era mortal em sessenta a oitenta por cento dos casos, e apareciam “feridas” que cresciam como tumores no corpo das pessoas. A pulmonar era mortal em cem por cento dos casos. As “feridas” dos infectados adquiriam manchas negras.
Os contemporâneos da doença acreditavam que o contágio acontecia através do ar poluído, e nas entradas das cidades se acendia fogo. As pessoas saíam às ruas com máscaras “aromatizadas”. Mas hoje se sabe que o contágio da peste pulmonar, por exemplo, se dava de pessoa a pessoa, através da tosse.
As pessoas precisavam de um culpado para aquelas desgraças, e acusavam os judeus de terem envenenado os poços de água, os mendigos, os leprosos. Estes eram sinônimos de exclusão.
Os pobres foram os mais atingidos pela Peste. Sua alimentação e condições de vida eram péssimas. Os ricos faziam uma alimentação mais adequada e podiam tomar algumas medidas profiláticas indicadas pelos médicos, os pobres não tinham essas condições.
A Igreja acusava o diabo de estar causando as desgraças, e também de que fosse um castigo por causa dos pecadores. Muitos acreditavam em coisas diversas para